Velocidade supersônica
A velocidade supersônica se refere a qualquer velocidade acima da velocidade do som, que é aproximadamente 343 m/s (ou 761 mph, ou 1255 km/h ao nível das águas do mar). Muitos caças são supersônicos. O Concorde foi um avião civil supersônico, de transporte de passageiros. Porém, desde o seu vôo de retirada a 26 de Novembro de 2003, deixaram de existir aviões civis supersônicos em serviço. Velocidades acima das 5 vezes a velocidade do som são muitas vezes referidas como hipersônicas.
Chuck Yeager foi o primeiro homem a quebrar a barreira do som num vôo nivelado a 14 de Outubro de 1947, voando o protótipo experimental Bell X-1 a Mach 1 a uma altitude de 45,000 pés (13.7 km ).
Uma equipa liderada por Richard Noble e o condutor Andy Green tornaram este último o primeiro homem a quebrar a barreira do som num veículo a 15 de Outubro de 1997, quase exactamente 50 anos depois do vôo de Yeager.
Hans Guido Mutke alegou ter quebrado a barreira do som antes de Yeager, a 9 de Abril de 1945 num Messerschmitt Me 262. Porém, esta alegação é controversa e carece de fundamento científico.
F-14 Tomcat
O F-14 Tomcat da Grumman é um caça bilugar supersônico, com asas de geometria variável e propulsionado por dois motores. A missão principal é a defesa aérea da esquadra e a missão secundária reconhecimento e ataque ao solo. Após a retirada do serviço da marinha dos Estados Unidos em 2007, o último operador de F-14 é a Força Aérea da República Islâmica do Irã.
O F-14 foi desenvolvido para substituir o McDonnell Douglas F-4 Phantom II ao serviço da Marinha Americana, US Navy. Resultou da experiência acumulada pela Grumman no desenvolvimento da versão naval do F-111A da USAF o F-111B que foi cancelado porque provou ser pouco manobrável, pesado e, no geral, mal concebido para operações baseadas em porta-aviões, o que levou ao cancelamento do projecto em 1968.
O Tomcat foi considerado como um caça de superioridade aérea e interceptador , encarregado da defesa dos grupos navais contra os aviões da Marinha Soviética armados com mísseis de cruzeiro. Estava equipado com o radar de longo alcance Hughes AN/AWG-9 originalmente desenvolvido para o F-111B, capaz de detectar alvos do tamanho de bombas a distâncias além dos 160 km (100 milhas), conseguindo perseguir 24 alvos e atacar 6 em simultâneo. De origem, o armamento primário do F-14 era o míssil AIM-54 Phoenix, capaz de focar um alvo até 200 km (120 milhas), embora este tenha sido retirado do serviço a 30 de setembro de 2004. O F-14 era o único avião a carregar esta arma, que foi desenhada como parte integral do sistema de armas do Tomcat. Armamento de médio alcance é garantida pelo AIM-7 Sparrow de radar semi-activo, apoiado por mísseis guiados por infravermelhos AIM-9 Sidewinder e um canhão M-61 Vulcan de 20mm para combate cerrado. O F-14 foi concebido com alguma capacidade de combate ar-terra, embora esta vertente não tenha sido explorada até o final da sua carreira; Os Tomcats são agora equipados com o sistema de detecção de alvo LANTIRN para poderem tirar partido das bombas guiadas por laser e outras armas de precisão. Alguns F-14 são também equipados com o sistema TARPS (do inglês Tactical Air Reconnaissance Pod System), constituindo assim a única plataforma de reconhecimento táctico da Marinha.
O único país além dos EUA a utilizar o F-14 é o Irão, quando em 1976 começou a receber as primeiras aeronaves de um total de 80 encomendadas - juntamente com 424 AIM-54A Phoenix - para fazer frente aos velozes MiG-25 Foxbat da URSS que faziam frequentes incursões em espaço aéreo iraniano. Dos 80 encomendados, 79 F-14 foram entregues juntamente com 270 Phoenix, a última entrega foi cancelada em virtude da Revolução Islâmica no Irão, pois ocasionou o rompimento das relações entre os dois países. Mesmo com grande dificuldade para os manter em condições de voar. Estima-se que a Força Aérea Iraniana possua cerca de 30 aviões operacionais. Segundo umas fontes os F-14 iranianos desempenharam um papel importante na guerra Irão - Iraque, abatendo mais de 30 aviões inimigos. Segundo outras fontes limitaram-se (devido ao embargo de peças de reposição e armamento) a usar o seu poderoso radar para iluminar alvos para os caças F-5 e F-4.
F-35 Lightning II
O F-35 A Lightning II ou F-35 Joint Strike Fighter é um programa que visa a produção de três aeronaves stealth multi-role fighters supersônicas, que fora desenvolvido para satisfazer as necessidades de uma transformação na nova geração de armamento dos governos dos Estados Unidos da América, do Reino Unido, da Holanda, Austrália, Canadá, Itália, Dinamarca, Noruega, Turquia e de outros compradores, como Israel.
O F-35 foi concebido como projeto de três caças de 5ª geração, CTOL F-35A JSF, STOVL F-35B JSF, CV F-35C JSF, de relativo baixo custo, para a Marinha, Força aérea e Marines dos Estados Unidos da América, pois englobar três aeronaves em um mesmo projeto atenuou os elevados custos de desenvolvimento comparado aos três separados.
As principais armas são transportadas em compartimentos internos, um
elevado maior de descrição. Mas armas adicionais podem ser transportadas
externamente em missões furtividade não é necessária.
Programa JSF
O programa JSF é uma consequência da desaceleração da procura de aviões tácticos no pós-Guerra Fria, aumentando o número de aviões inespecíficos, ou seja, multifuncionais.
Nesta perspectiva e com o objectivo de substituir diversos modelos de aviões tácticos da Marinha e da Força aérea, por um que fosse capaz de sobreviver no campo de batalha do século 21. Os programas de desenvolvimento de novos caças, em andamento na Marinha e na Força Aérea dos E.U.A. uniram-se em um único programa que foi denominado JSF - caça de ataque conjunto (Joint Stryke Fighter).
Desenvolvimento
A 16 de novembro de 1996 o Departamento de Defesa dos E.U.A. anuncia que a Boeing e a Lockheed Martin são os escolhidos, para competir na fase de concepção e desenvolvimento (CDP), com a Pratt and Whitney a fornecer apoio na propulsão. Boeing e Lockheed,
recebem um contrato para a construção de dois Protótipos que em voos de
teste, competirão para demonstrar os respectivos conceitos para as três
variantes do programa. Em outubro de 2002 o Departamento de Defesa selecionou o projeto da Lockheed como vencedor da competição, que entra de imediato na fase de desenvolvimento e demonstração (SDD). A Lockheed para a aeronave, a Pratt and Whitney para o motor do avião, recebem contratos como principais empreiteiros para a fase de produção. A General Electric também recebe fundos para a continuação dos seus esforços técnicos no desenvolvimento de um motor alternativo.
- Primeiro voo do Modelo F-35A (AA-1) em 15 de dezembro de 2006
- Primeiro voo do Modelo F-35B (BF-1) em 11 de junho de 2008
- Primeiro voo do Modelo F-35C (CF-1) em 6 de junho de 2010
O F-35A, F-35B e F-35C têm previsto atingir capacidade operacional (IOC) em março de 2013, março de 2012 e setembro de 2014, respectivamente, de notar que o F-35B será operacionalmente capaz um ano mais cedo que o F-35A.
O F-35 é especifico e especialmente projetado para dar resposta à substituição dos modelos:
- - A-10 Thunderbolt II e F-16 Fighting Falcon da Força Aérea dos Estados Unidos
- - F/A-18 Hornet da Marinha dos Estados Unidos
- - AV-8B Harrier II e F/A-18 Hornet do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos
- - Harrier/Sea Harrier GR.5/7/9 da Força Aérea e Marinha do Reino Unido
Uma das maiores dificuldades deste projeto era desenvolver uma
plataforma que conseguisse suportar quatro aeronaves com funções
distintas, sendo que uma delas fosse capaz de descolagens curtas e
aterragem verticais (STOVL), e voar a velocidades supersónicas. De fato,
o F-35B será o primeiro caça com características STOVL e supersónico a
entrar em serviço operacional, (o primeiro foi o russo Yakolev Yak-141,
desenvolvido no início dos anos 90, porém ele foi cancelado.).
Os requisitos são complexos e exigentes. Deve possuir uma alta taxa
de sobrevivência e letalidade em combate, capaz de operar em ambientes
austeros, de fácil e reduzida manutenção com baixos custos e ao mesmo
tempo acessível de adquirir.
Motores
Os motor F-135, fabricado pela Pratt & Whitney e o F-136, fabricado pela Fighter Engine Team um consórcio composto pela General Electric e Rolls-Royce, são os motores que as aeronaves F-35 podem utilizar. Os motores utilizam partes comuns e são intercambiáveis.
Um motor adicional, cujo desenvolvimento e produção está a cargo da Rolls-Royce, é presente na versão STOVL para habilitar o Lift System.
O sistema de propulsão dos F-35 é o mais potente dentre os turbofans .
F-135
O F-135 é uma evolução do bem sucedido F-119 que propulsiona o F-22 Raptor (mas não está habilitado para supercruise, como o F-119) acumulando já mais de 1 milhão de horas de voo em apoio da entrada em serviço operacional prevista para 2012.
Utiliza um ventilador de três estágios, um compressor de seis fases, um
combustor anular, uma turbina de alta pressão de estágio único e uma
turbina de baixa pressão de 2 estágios. O primeiro teste para a versão
convencional do F-35 aconteceu em outubro de 2003, em 10 de abril de 2004 aconteceu o primeiro teste para a versão STVOL.
F-136 General Electric e Rolls-Royce são a equipa construtora do F-136, que se encontra em pré fase de desenvolvimento e demonstração, um ano de atraso em relação ao seu concorrente, trata-se de um desenvolvimento a partir de motores previstos para anteriores programas. O motor consiste num ventilador de três estágios, uma turbina de baixa pressão com três estágios, compressor com três estágios e uma turbina de alta pressão com um único estágio. O primeiro teste para a versão CTOL ocorreu em 22 de julho de 2004, e o primeiro teste para a versão STOVL em 10 de Fevereiro de 2010.
Desde 2002, ano em que começou o programa de desenvolvimento do motor F-135 que têm havido aumento de custos. No ano fiscal de 2002 era esperado um custo global de desenvolvimento, no valor de US$ 4.8 mil milhões. Em 2008 o responsável pelo programa do F-35 anunciou que os custos tinham crescido para um valor equivalente a US$ 6.7 mil milhões um aumento de cerca de 38%.
Reciprocamente, no programa concorrente F-136 os custos têm se
mantido estáveis desde o início, não indiciando qualquer aumento.
Contudo desde que no ano fiscal de 2005
recebeu a verba de 2.5 mil milhões, nunca mais recebeu fundos do
orçamento de estado para desenvolvimento. No entanto e desde então o
congresso tem assegurado anualmente fundos para a continuação do
desenvolvimento, bem como para não defraudar as expectativas dos
parceiros internacionais.
Custos do Programa JSF
Em 31 de Dezembro de 2007
o total estimado de custos de aquisição do programa F-35, foi de
aproximadamente US$ 250 bilhões, incluindo cerca de US$ 47,1 bilhões em
custos de investigação e desenvolvimento, cerca de US$ 198.4 bilhões em
custos de aquisição, e aproximadamente US$ 4.96 bilhões em custos de
construção militar. Desde 2002
o total estimado dos custos de aquisição, aumentou aproximadamente US$
100 bilhões, devido principalmente à extensão por um ano da fase de
desenvolvimento e demonstração (SDD), atraso de um ano no início dos
contratos, passando do ano fiscal de 2006, para o ano fiscal de 2007,
fazendo com que os custos da derrapagem financeira se refletissem no
desempenho do desenvolvimento do programa F-35. Nestes valores não estão
incluídos os custos de aquisição, referentes às várias centenas de
aviões que serão comprados pelos restantes parceiros internacionais do
programa.
No ano fiscal de 2009
o programa recebeu um total de US$ 44 bilhões, distribuídos por,
pesquisa e desenvolvimento US$ 37 bilhões, custos de aquisição US$ 6.9
bilhões e US$ 150 milhões para construção militar .
Comparativa entre o preço por unidade do F-35A/B/C e o preço final
dos modelos que vão ser substituídos, comparativo também com o primeiro
caça-bombardeiro furtivo o F-117 Nighthawk.
Modelo | Preço Final |
---|---|
A-10 | → US$ 14M |
F-16A/D | → US$ 28M |
F-117A | → US$ 73M |
AV-8B | → US$ 42M |
F-18A/D | → US$ 54M |
F-35A | → US$ 74M |
F-35B/C | → US$ 97M |
Os valores apresentados são em milhões e os valores dos três modelos
do F-35 são estimativas assumidas no orçamento do ano fiscal de 2008.
Aumento de Custos
Comparação entre a estimativa de custos prevista para o ano fiscal de 2011 e o custo estimado originalmente em 2001 para o desenvolvimento do projecto e respectivos atrasos no seu cronograma. Referência comparativa também com os anos de 2007 e 2008
Outubro de 2001 | Março de 2007 | Dezembro 2008 | Orçamento de 2011 (verba requerida) | |
---|---|---|---|---|
Total dos custos de desenvolvimento | US$ 34.4 mil milhões | US$ 44.8 mil milhões | US$ 46.2 mil milhões | US$ 49.3 mil milhões |
Data para completar o desenvolvimento | Abril 2012 | Outubro 2013 | Outubro 2014 | Abril 2016 |
Participação Internacional
Os Estados Unidos, Reino unido, Itália, Holanda, Canada, Turquia, Austrália, Noruega e Dinamarca são as nove nações que formam a parceria para o desenvolvimento e construção do F-35. Adicionalmente Israel e Singapura
foram admitidos no (SDD) esforço de Desenvolvimento e Demonstração, com
o estatuto de (SCP) Participante de Segurança Cooperativa.
Existem três níveis de participação internacional, que refletem na
generalidade, o nível de empenhamento financeiro no programa, a
quantidade e qualidade da transferência tecnológica, que companhias
nacionais podem ser convidadas a participar no projeto e finalmente
quais os países que podem obter a construção de aeronaves.
- → O Reino Unido é o único parceiro de nível 1
- → Itália e Holanda são ambos parceiros de nível 2
- → No nível 3 os parceiros são Canada, Turquia, Austrália, Noruega e Dinamarca.